Para formar e treinar MULTIPLICADORES do Minicurso é preciso realizar um encontro, presencial ou remoto de pelo menos 2 horas e dividir esse tempo em 5 etapas:
1. Explicar o motivo do Encontro e fazer um pequenas palestra sobre o suicídio, a necessidade urgente de prevenção e um pouco da experiência dos voluntários do CVV, pessoas comuns que lidam com essa atividade de forma simples e prática.
2. Desenvolver um repertório pessoal sobre os temas do Minicurso, escrevendo e dissertando sobre cada um deles. (Os passos da Relação de Ajuda)
2. Desenvolver um repertório pessoal sobre os temas do Minicurso, escrevendo e dissertando sobre cada um deles. (Os passos da Relação de Ajuda)
3. Expor o Minicurso para os presentes.
4. Expor novamente e explicar como cada um dos slides deve ser apresentado: qual o objetivo de cada slide.
5. Formar grupos para simular as apresentações, sugerindo que organizem a exposição. Iniciar o treinamento e apresentação das duplas e trios. A ideia é perder o medo e ficar seguro durante a exposição. Não interrompa as apresentações. Se der branco, ajude e peça sempre para seguir em frente até concluir. As falhas serão corrigidas naturalmente durante o treinamento.
Imagens de 2022 durante um treinamento de multiplicadores na E.E. Martim Afonso. São Vicente SP. Registro feito pela escola.
SEQUÊNCIA DOS SLIDES E CONTEÚDO DO MINICURSO.
INSPIRADO NA EXPERIÊNCIA DO CVV- CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA
A mente humana e sua principais vivências em equilíbrio.
O desequilíbrio atual das nossas vivência em função da nossos hábitos sociais.
Os efeitos atuais mais comuns do nosso desequilíbrio.
Com quem devemos conversar diante de uma situação de desequilíbrio? Indivíduos e problemas são diferentes de nós e entre si. Já as pessoas são absolutamente iguais na sua essência, que são os sentimentos e emoções. Sem perder o foco da relação de ajuda, devemos ouvir e conversar com a "pessoa", sempre sobre os sentimentos.
O hábito de ouvir precisa ser constante cultivado e exercitado, para evitar os discursos defensivos dos conselhos e opiniões superficiais. Não somo profissionais de ajuda. Somo pessoas comuns. Mesmo assim, é possível ajudar e aliar o sofrimento vivencial.
CONTROLAR A ANSIEDADE DE RESOLUÇÃO. Não temos condições nem o poder de resolver problemas. Nosso foco principal é sempre a pessoa e seus sentimentos.
ACOLHIMENTO FRATERNO. Clima de ameaça zero e aceitação plena. Quando acolhemos, deixamos às pessoas numa posição tranqüila e confortável, causando um alívio nas suas tensões, medos e nas suas dores.
SE DESARMAR DOS PRECONCEITOS. Não julgar e nem condenar. Todos temos valores e visões de mundo diferentes, mas a tolerância e o respeito pode nos ajudar muito a aceitar as coisas que não concordamos e não podemos modificar. Aceitar não significa que devemos concordar e aprovar, mas apenas reconhecer as diferenças e a diversidade.
RESPEITAR OS “SILÊNCIOS”. Muitas vezes em uma conversa surgem momentos que cessam os assuntos e os barulhos externos, porém dentro de cada um existem e persistem os barulhos internos. Nesses momentos refletimos sobre as coisas, recapitulamos nossos passos, remoemos nossas ações, limitações e buscamos respostas que estão somente dentro de nós. É o tempo íntimo de cada um, que precisa ser aguardado e respeitado. Permaneçamos também em silêncio.
HONRAR A CONFIANÇA. Ao compartilhar conosco suas impressões, seus sentimentos e eventualmente os seus segredos e particularidades, as pessoas contam naturalmente com o nosso respeito e sigilo.
CONFIAR NA NATUREZA HUMANA. Todo ser humano na sua essência transformadora tem um sentido positivo que o faz refletir e questionar sua condição e as coisas que se passam no seu entorno. Ele tem a capacidade de entender e resolver suas próprias dificuldades. Quando essas dificuldades parecem ser insuperáveis, ainda assim, ele pode desenvolver a capacidade de aprender a conviver com elas, sem comprometer sua vida e seus compromissos. Estar ao lado dele e com ele nesses momentos é altamente confortante e de grande auxílio, sem nos preocuparmos somente em oferecer soluções, porque elas não existem como modelos prontos e sim algo que é construído na experiência de cada um.
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NOSSO SETEMBRO AMARELO
Ocupações da Ponte Pênsil e Praça Tom Jobim em São Vicente no 10 de Setembro, Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.
O CAMP RB de São Vicente- SP foi em 2018 uma das base para desenvolvimento do Minicurso Saber Ouvir. Foram protagonistas de ações do Setembro Amarelo, na ocupação de espaços públicos e difusão externa de experiências de prevenção do suicídio. Em 2023 eles criaram o minicurso em formato de dramatização.